quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Maratona Báltico 2013 - 008 : Andando por Östermalm e Djurgården

Museu Nórdico - Djurgarden
Hoje completamos as andanças por todos os bairros mais próximos ao centro. Saímos a pé de Kungsholmen pela ponte Barnhusbron e cortamos todo centro (Norrmalm) até chegar a Östermalm, o bairro leste. Neste quarto dia de Estocolmo já não há mais tantas novidades, já começamos a aprender a ler algumas coisas e a sensação de estar em casa se consolida. Viveríamos tranquilamente aqui. Tem um pouco de Brasília em termos de organização dos espaços. O que intriga agora é saber como é que se trabalha por aqui, porque a impressão que temos é que as pessoas não ralam muito. Povo muito tranquilo, sem stress, pelo menos onde andamos.

Isso pode ser entendido porque todos os lugares onde passamos vivem em função da proximidade com os poderes federais, a monarquia e a burocracia municipal. Embaixadas, ministérios, órgãos regionais e municipais, empresas estatais, empresas de serviços, comércio em geral, ou seja, só setor terciário. Até a população, de 870 mil habitantes, é pouco maior que a da cidade de Brasília. A diferença é que qualquer tempo vago parece ser ocupado para o lazer, cuidar de filhos, etc. A jornada de trabalho também é curta.

Passamos por parques muito bem cuidados e cheios de crianças com os pais, como o Tegnerlunden, o Eriksbergsplan e o enorme Humlegarden. Na Karlaplan, praça principal de Ostermalm, crianças lotavam o gramado e participavam de oficinas de carpintaria, pintura e de competições com barcos no lago. Com os pais juntos.

Chegando à Strandvagen, avenida da praia onde há prédios imponentes e diversos bares caros na área no porto, entramos na ilha Djurgarden, onde estão algumas das principais atrações de Estocolmo, como o Museu Vasa, o Museu Nórdico e muitas outras atrações, inclusive um parque de diversões com brinquedos radicais. Mesmo sem entrar em nenhum museu pago vimos algumas coisas interessantes, como um barco farol (nunca tinha visto um, nem sabia que existia) e um quebra-gelo abertos à visitação, um museu de barcos também 0800, a loja do Vasa e a loja do museu do grupo musical Abba.

A ilha é um espetáculo natural. Daqueles lugares para se sentar num banco e ficar sem fazer nada, olhando a paisagem. Vez por outra aparece um grupo de turistas de excursão, principalmente perto do Museu Vasa, que é o principal chamariz. No resto da ilha só vai o pessoal local e alguns turistas desgarrados, como nós. Isso é uma coisa que se repete pela cidade também. Os hotéis estão muito próximos à cidade antiga (Gamla Stan), assim como a estação de trem, a de ônibus, o metrô central e os ônibus do aeroporto convergem para lá. Assim sendo quem chega à cidade para visitar os pontos turísticos principais não chega a impactar sequer a área do centro (Norrmalm). O máximo que conseguem ver é passando nos ônibus panorâmicos, sem parar.

Depois de passar algumas horas por lá caminhamos pela orla da Strandvagen observando os lounges dos bares caríssimos cheios de gente, boa parte de turistas. Barcos dos passeios pelos canais também chegavam e partiam como intensidade. O belíssimo dia, sem nuvens, o primeiro desde que chegamos, convidava a uma cerveja sentado num daqueles bares, mas uma simples long neck estava na base de uns R$ 22.

Ainda tentamos fazer um passeio de barco, mas para o período próximo da noite só existem os  mais caros, e voltamos cedo para "casa". Aí fizemos o nosso happy hour na orla da nossa ilha. Compramos cervejas bem mais baratas, sentamos num banco em frente ao canal e ficamos vendo a grande quantidade de jovens e até mais idosos correndo na beira-rio. Correndo mesmo, ninguém passava naquele passinho manso que vemos em maioria nas nossas cidades. Fora isso havia dezenas de pessoas remando no canal, passeando de lancha, enfim, muita atividade saudável.

Amanhã compraremos o Stockholm Card que permite a entrada grátis em cerca de 80 atividades e usar todos os meios de transporte da cidade o dia todo sem pagar. Só vale a pena se for para um gasto concentrado. O preço para um dia é SEK 495 (uns R$ 180) por pessoa. Como cada atração custa SEK 100 ou mais, dependendo do roteiro vale a pena. Como o sistema de transportes é excepcional e poderá ser usado sem economias (cada trecho de viagem na base de SEK 24), deveremos dar prioridade ao Museu Histórico, que fica próximo do Museu Vasa e do Museu Skansen, ao Palácio Real, ao Tesouro, Passeio de barco, Prefeitura e Fotografiska. Como os museus abrem às 10 e fecham às 17h, vai rolar uma maratona.

Por conta das condições climáticas previstas para Bergen, resolvemos alterar o roteiro. Vamos direto para Cracóvia na semana que vem. Como a penúltima etapa do plano original seria Copenhague ainda poderá ser possível fazer Oslo e Bergen se o tempo melhorar. Se não der, as 4 noites em Portugal acabam virando 9.

PS: depois boto as fotos. Andamos mais 11 km hoje. 

Um comentário:

  1. Branquinho, estou acompanhando sua maratona todo dia.
    Parabéns. Continue nos informando.

    Felicidades

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